
De olho no câncer infantojuvenil
Quando falamos em câncer infantojuvenil, diversos sentimentos vem à tona. Medo, apreensão e tristeza são reações muito comuns, principalmente quando pensamos na possibilidade de lidarmos com a doença em nossas famílias.
Porém, todos podemos, com informação e atenção, substituir a negatividade pela esperança, contribuindo para o avanço do diagnóstico precoce. Como sabemos, descobrir o câncer infantojuvenil no início pode elevar as chances de cura em até 80%.
Por isso, ficar de olho nos sinais da doença é essencial para salvar vidas!


Conheça os principais sintomas
Na fase inicial, os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil podem se assemelhar aos de outras doenças comuns da infância. Por isso, é muito importante sempre avaliar as queixas das crianças e manter um acompanhamento regular com o médico pediatra.
Fique atento aos sintomas mais frequentes e faça a diferença:










Confira também o vídeo e compartilhe com pais, mães e responsáveis por crianças e adolescentes que você conhece:
O que é o câncer infantojuvenil
O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais. Diferentemente do câncer em pessoas adultas, o infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, mas pode ocorrer em qualquer lugar do organismo.
Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores nas crianças e adolescentes são constituídos de células indiferenciadas, o que comumente proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.
Os tipos de câncer mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os tumores que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).
Também são frequentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e osículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).


Assim como na maioria dos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.
No entanto, nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer infantojuvenil foi extremamente significativo. Hoje, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles tem também boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
Com informações do INCA (Instituto Nacional de Câncer).
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Informações importantes
O Instituto Nacional de Câncer estima que no ano de 2020 sejam diagnosticados, no Brasil, 8.460 novos casos de câncer infantojuvenil.
Ao contrário de muitos cânceres de adultos, os fatores de risco relacionados com o estilo de vida (como o tabagismo, por exemplo) não influenciam o risco de uma criança desenvolver câncer.
Muito raramente uma criança pode apresentar alterações genéticas que as tornem propensas a ter um certo tipo de câncer.
Nesse sentido, não existem também evidências científicas que deixem claro a associação entre a doença e os fatores ambientais. Logo, a prevenção é um desafio para o futuro.
Nossa maior missão é, juntos, lutarmos pelo diagnóstico precoce e pelo tratamento adequado para cada criança e adolescente com câncer.
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O diagnóstico do câncer infantojuvenil
O tratamento do câncer começa com o diagnóstico correto e precoce. Para isso, é necessário um laboratório confiável e o estudo de imagens.
Nos tumores sólidos, um estudo de imagem orienta para o procedimento inicial a ser realizado: algumas vezes é possível abordagem cirúrgica para a ressecção completa do tumor.
Quando não for possível, é realizada uma biópsia para fornecer o diagnóstico histopatológico e o início do tratamento por quimioterapia. Nestes casos, a ressecção do tumor ocorrerá em um segundo momento.
Nesse sentido, não existem também evidências científicas que deixem claro a associação entre a doença e os fatores ambientais. Logo, a prevenção é um desafio para o futuro.
Dessa forma, atualmente é possível evitar cirurgias que causem muitos danos ao paciente, mantendo boas chances de cura. Somente em algumas situações muito específicas, o exame de imagem é suficiente para iniciar um tratamento.
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Os tratamentos atuais
Pela sua complexidade, o tratamento do câncer infantojuvenil deve ser feito em um centro especializado. Compreende três modalidades principais (quimioterapia, cirurgia e radioterapia), sendo aplicado de forma racional e individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão da doença.
O tratamento é planejado de acordo com o diagnóstico do tumor, as suas características biológicas e a presença ou não de doença à distância do tumor.
O trabalho coordenado de vários especialistas também é determinante para o sucesso do tratamento.
Tão importante quanto o tratamento do câncer em si é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez que a criança e o adolescente doentes devem receber atenção integral de suas famílias e das pessoas que a amam. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente.
Nesse sentido, deve ser dado suporte psicossocial ao paciente e aos seus familiares desde o início do tratamento.
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A vida depois do tratamento
Com as boas chances de cura da doença, muitos pacientes com câncer na infância e adolescência são sobreviventes a longo prazo, chegando com saúde à vida adulta.
É muito importante que a pessoa que passou pelo câncer infantojuvenil continue o acompanhamento clínico por um tempo maior, de acordo com a orientação médica, para o reconhecimento precoce e cuidado apropriado de possíveis complicações que venham a surgir.
A abordagem multidisciplinar do paciente é parte integrante do tratamento oncológico.


Depoimentos Especiais
No vídeo a seguir você confere os depoimentos de mães de crianças e adolescentes que enfrentaram o câncer. Elas nos contam a importância de estarmos atentos aos sinais da doença, não minimizando as queixas dos pacientes.